A cajueiro é um arbusto perene nativo da América do Sul e produz a semente de caju (noz) e a maçã de caju. O seu nome botânico é Anacardium occidentale. As suas nozes são o que tornou esta árvore muito popular em todo o mundo, mas mais do que apenas as nozes do cajueiro estão a ser utilizadas. É uma árvore tropical e muito fácil de cultivar.
Cajueiro
Comumente, as sementes são chamadas de "nozes" de caju, embora não sejam nozes verdadeiras. As sementes, ricas em óleo e com um sabor distinto, são frequentemente utilizadas na culinária do Sul e do Sudeste Asiático e são um ingrediente característico de numerosos pratos de frango e vegetarianos do sul da Índia.
Nos países ocidentais, são consumidos principalmente como um lanche de alta qualidade e rico em proteínas. Na culinária do Sul da Ásia, as nozes são usadas inteiras para guarnecer doces ou curries, ou moídas em uma pasta que forma a base de molhos para curries (por exemplo, korma), ou alguns doces (por exemplo, kaju barfi). Também é utilizado em forma de pó na preparação de vários doces e sobremesas indianas.
Na cozinha Goan, tanto os grãos torrados como os crus são usados inteiros para fazer curries e doces. Os cajus também são utilizados nas cozinhas do Sri Lanka, Tailândia e China, geralmente na forma inteira. No século XXI, o cultivo de caju aumentou em vários países africanos (desde 2014, a Costa do Marfim é o maior produtor mundial de caju) para atender à demanda pela fabricação de leite de caju, uma alternativa vegetal ao leite de vaca.
Outras aplicações
A árvore de caju produz madeira que é útil nas economias locais para itens práticos como caixas de transporte, barcos e carvão, bem como para uma goma que é semelhante à goma arábica, utilizada como agente impermeabilizante em vernizes, cimentos e como lubrificante ou selante de madeira.
Há um líquido cáustico dentro das cascas do fruto/semente do caju (portanto, tenha cuidado ao manusear) que é utilizado como inseticida e na produção de plásticos, revestimentos e materiais de fricção. Também é importante na medicina tradicional.
A maçã de caju madura pode ser comida fresca, cozida em curries, é utilizada localmente em bebidas, compotas, geléias e chutneys. No estado indiano de Goa, eles até fazem uma bebida alcoólica da fruta fermentada chamada Feni (40% de álcool), ou uma versão destilada única chamada Urrak com 15% de álcool.
Na Tanzânia, fazem um licor forte chamado Gongo. O óleo de caju é um óleo amarelo escuro e é utilizado para cozinhar ou como molho para saladas. Os cajus descartados, impróprios para consumo humano, juntamente com os resíduos da extração de óleo dos grãos de caju, podem ser usados para alimentar o gado. Os animais também podem comer as folhas das árvores de caju.